Consideradas como um dos principais vilões da poluição do meio ambiente, as sacolas plásticas de supermercados podem estar com dias contados no estado. A Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn) comunicou ontem à imprensa a sua intenção de, até o final deste ano, abolir por completo a utilização das sacolinhas e conscientizar a população para mudar seus hábitos, substituindo-as por ecobags (bolsas de algodão), caixas, carrinhos ou sacolas biodegradáveis. De acordo com o presidente da Assurn, Geraldo Paiva, a medida beneficiará diretamente a natureza, pois o destino final das embalagens é o lixo, a rede de esgotos e os rios, contribuindo em muito para a degradação do meio ambiente. O veto às sacolinhas terá ainda um outro reflexo importante: a medida deverá proporcionar uma economia global aos supermercados potiguares de cerca de R$ 6 milhões, o correspondente a 1% do faturamento.
Para se ter uma ideia, anualmente circulam em todo o mundo entre 500 a 1000 bilhões de sacos plástico. Apenas uma rede de supermercados de Natal utiliza uma média de 27 milhões de saquinhos por ano. Juntas, as empresas filiadas a Assurn consomem cerca de 300 milhões. Como primeira medida, a Assurn orienta os estabelecimentos a não mais embalar as compras quando a entrega for a domicílio. Mas a ideia é transformar a proibição em lei municipal e estadual e, para isso, o vereador Assis Oliveira (PR) e o deputado Fábio Dantas (PHS), presentes à coletiva, anunciaram que já estão preparando projetos de lei, proibindo os estabelecimentos de utilizarem os saquinhos de plástico.
Outra medida seria a introdução de sacos biodegradáveis que se desmancham num prazo de seis meses, mas eles representam um custo alto para os supermercados, pois enquanto uma embalagem normal custa R$ 0,02 a biodegradável está em torno de R$ 0,50. Mas são as ecobag, que lembram aquelas bolsas de feira livre, que chegam com força para assumir o mercado. Feitas de algodão, elas ao mesmo tempo ajudamno combate à poluição e representam emprego para o artesão.
Geraldo Paiva informou que as redes de supermercados vão começar a disponibilizar, para venda, as sacolas de algodão. O preço de R$ 4 assusta, porque para fazer uma feira a família teria que dispor de 8 a 10 unidades. A expectativa é de que, com a nova demanda, esse valor baixe consideravelmente e as famílias mais carentes tenham acesso.
Sacolas em números
l 300 anos é o tempo que a sacola plástica leva para se decompor
l R$ 0,02 é o valor da unidade da sacolinha
l 300 milhões é o número de sacolas em circulação por ano no RN
l 1% é o que representa as sacolinhas no faturamento das lojas
l R$ 6 milhões é a economia dos supermercados com a proibição das sacolas
( Com Informações do Diário de Natal)
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