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Contas de luz ficarão 9,7% mais caras a partir de sexta-feira.

Postado por FlavioNews quarta-feira, 20 de abril de 2011

A conta de energia elétrica ficará em média, 9,86% mais cara no Rio Grande do Norte, a partir de sexta-feira. O percentual foi definido ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), fica abaixo do reajuste médio proposto pela Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), que era de 11,6%, e também abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses, medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), que foi de 11%. As indústrias pagarão 10,27% a mais. Jás para residências, haverá alta de 9,7%.
A Aneel também definiu ontem as tarifas de Sergipe e da Bahia. O aumento aprovado para o RN foi o menor entre os três. Segundo a assessoria de comunicação da Agência, as companhias energéticas, geralmente, pedem um reajuste maior que o autorizado pela Aneel. A Agência, segundo a assessoria, faz os seus próprios cálculos, que nem sempre batem com os realizados pelas companhias. O reajuste, segundo a Cosern, atinge todos os clientes no Estado, número que chega a 1,131 milhão.

Mesmo abaixo do esperado, o aumento da energia elétrica deve afetar a indústria de forma geral, segundo o presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern), Amaro Sales. A indústria têxtil e de confecções, segundo João Lima, presidente do Sindicato de Indústria de Fiação e Tecelagem do RN, que não vive um bom momento, será uma das mais afetadas no estado. Independentemente do percentual, o reajuste onera o setor produtivo, diminui a competitividade e reduz o número de empregos, de acordo com ele.

A Federação das Indústrias deverá reunir os setores mais prejudicados nos próximos dias para avaliar o impacto do aumento.

Ao calcular os índices de reajuste, a Agência considera a variação de custos que a empresa teve no decorrer do período de referência. A fórmula de cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais. Todos os anos, as concessionárias encaminham informações econômicas e um índice com o reajuste pleiteado. Os dados são usados como referência para análise da área técnica da Agência, que sinaliza o reajuste a ser submetido à aprovação da diretoria, em reunião pública.

A aplicação do reajuste anual e da revisão tarifária está prevista nos contratos de concessão assinados entre as empresas e o Governo federal, por meio da Aneel. Os índices homologados pela Agência são os limites a serem praticados pelas empresas.
( Fonte Tribuna do Norte)

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