Em carta, lida na manhã desta segunda-feira no Rio pelo seu sucessor, José Maria Marin, 79, ele diz que vai cuidar da saúde e ficar com sua família, mas se coloca à disposição para continuar "colaborando com o futebol brasileiro".
Leia a carta de Ricardo Teixeira na íntegra:
"Ser presidente da CBF durante todos esses anos representou na minha vida uma experiência mágica. O futebol no Brasil é mais que um esporte, mais que uma competição. Por essas razões pensei muito na decisão que agora comunico.
Presidir paixões não é uma tarefa fácil. Futebol em nosso País é sempre associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, exaltam o talento, Quando perdemos, a desorganização. Fiz o que estava ao meu alcance. Sacrificando a saúde e o convívio familiar. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias.
Administrei a confederação de futebol mais vitoriosa do mundo, mais seus sonhos, seu orgulho, e seu sentimento de pertencer a uma grande torcida.
Ao trazer a Copa de 2014, o Brasil teve o privilegio de se inserir na pauta mundial. Alavancou economia e alavancou orgulho.
Tentei no limite das minhas forças organizar os talentos. Criei campeonatos de pontos corridos, aumentando as rendas.
Hoje deixo definitivamente a presidência da CBF com a sensação do dever cumprido. A felicidade de ver nos rostos do brasileiros a alegria.
Deixo a CBF, mas não deixo a paixão pelo futebol. A partir de hoje coloco-me à disposição da entidade. Reúno-me com mais força à minha família, que entende minha missão e me faz ainda mais feliz.
Agradeço aos presidentes de clubes e federações estaduais. Amigos leais em quem sempre encontrei apoio.
À torcida brasileira, meu muito obrigado. Nunca me esquecerei das taças sendo erguidas. Elas estão no coração de cada um de nós.
Ricardo Terra Teixeira"
* Fonte: UOL.
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