Um dos músicos da Legião Urbana está na pior. Renato Rocha, baixista que tocou nos três primeiros discos da banda de Brasília, está morando nas ruas do Rio de Janeiro. A situação se arrasta há cinco anos, quando o músico, que tinha o apelido de Negrete, se separou da mulher, perdeu o contato com a família e o patrimônio que acumulou ao longo da carreira.
A situação do baixista, expulso da banda por Renato Russo, em 1988, foi revelada pela TV Record neste domingo. A emissora entrou em contato com o pai do músico, o advogado Sebastião Rocha, que se emocionou e disse que quer ajudar o filho, com quem não tem contato há cerca de 10 anos, com um imóvel.
Os motivos que levaram Renato Rocha para as ruas e perder o patrimônio são nebulosos, e o artista não chegou a entrar no assunto. Philipe Seabra, da Plebe Rude, revelou que amigos do músico tentaram ajudar, mas que ele se mostrou reticente em receber qualquer tipo de socorro. Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, ex-integrantes da Legião Urbana, não quiseram dar depoimento, mas é notório o desentendimento dos dois com o baixista.
O misterioso método de pagamento de direitos autorais no Brasil dificulta ainda mais a situação. Renato Rocha recebe do Ecad cerca de R$ 900 por mês, mas por algum motivo que o músico não soube esclarecer, o dinheiro não chega mais. A obra da banda que conta com o baixo de Renato Rocha são os três primeiros discos: Legião Urbana (1985), Dois (1986) e Que país é este (1987), que venderam juntos cerca de três milhões de cópias e emplacaram sucessos como Será, Geração Coca-cola, Eduardo e Mônica, Faroeste caboclo, Eu sei e Tempo perdido.
( Com informações do Site UAI)
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